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quarta-feira, 30 de março de 2011

Poço da Escuridão

Uma alma que se vai, para algum lugar. Portões gigantes em prata, como numa era medieval.Gritos e arrepios tomam conta do lugar. Criaturas assombrosas, estátuas gigantescas, com olhos enormes, corpo magro, dedos compridos como se fossem uma faca, pés maiores que a cabeça, e uma calda comprida. Temperatura muito elevada, sensação de estar pegando fogo.
Nas paredes um tipo de linguagem estranha, incompreensível. Pessoas aparecem por todos os lados, pedindo socorro, chorando desesperadamente com seus olhares esbranquiçados. Uma ilusão psicótica, árvores espinhosas em chamas e outras mortas ao chão. Sangue vasando por todos os lados do corpo, como se estivesse todo perfurado. Ganchos que prendem o corpo rasgando a carne, como se estivesse preso a uma teia de aranha. Almas vagando por todos os lados. Rosto pegando fogo a todo o momento. Num cemitério de ilusões, cavalos com olhos vermelhos correm por todos os lados.
Cães invisíveis atacam e rasgam o corpo. Em lugares obscuros, um abismo sem fim. Alma ferida, pessoas em jaulas, harpias com grandes garras e suas asas vermelhas, caldeirões incendiando, criaturas amaldiçoadas com seus chicotes e o que resta é apenas as lágrimas de sangue derramado ao chão que ferve.

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Autor desconhecido